Nárnia
Nárnia é um mundo fantástico criado pelo escritor irlandês C.S. Lewis como local narrativo para as Crônicas de Nárnia, uma série de sete livros infantis.
Durante o desenrolar da série crianças e alguns adultos de nosso mundo são levadas para Nárnia, onde vivem aventuras que mudam suas vidas para sempre. Este mundo é habitado por criaturas mitológicas, animais falantes, alguns humanos e a mágica ali é eficaz.
Localização
O nome Nárnia é usado tanto para descrever o universo paralelo ao nosso quanto um país contido neste mundo, onde se passa a maior parte das aventuras dos livros. Há outros países vizinhos à Nárnia que também servem de cenário para as histórias dos livros.
Aslam é o criador de todo este universo e também é o principal protetor do país de Nárnia, sempre aparecendo em defesa dele quando está correndo perigo.
Nárnia (país)
Conforme descrito pelo fauno Sr. Tumnus em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa Nárnia são as terras que se estendem desde o lampião, localizado no Ermo do Lampião, até a foz do Grande Rio onde se localiza o castelo de Cair Paravel. Neste castelo ficam instalados os reis que governam o país.
As principais locações de Nárnia ficam distribuídas ao longo do Grande Rio. Nas margens do rio fica a travessia do Beruna, local onde a Feiticeira Branca foi derrotada por Aslam. Mais tarde conforme narrado em O Príncipe Caspian Beruna passou a ser uma cidade que se foi construída nas margens da passagem.
No grande rio também está a Represa dos Castores, que aparece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa e mesmo depois de milhares de anos tem o nome preservado.
Calormânia
Um país que se localiza ao sul de Nárnia, com capital na cidade de Tashbaan. Esta cidade é localizada em uma ilha na foz do rio que corta o país. Como a maior parte do território é desértico a maior parte da economia do país se concentra ao longo do rio.
Os calormanos são pessoas de pele escura, que usam turbantes e carregam cimitarras. Estão sempre desejosos para conquistar Nárnia, apesar de terem sofrido derrotas conforme narrado no livro O Cavalo e seu Menino.
As terras agrestes do norte
As terras que ficam ao norte de Nárnia são habitadas por gigantes, possuem relevo acidentado e é nelas que se localiza o castelo de Harfang, antes parte de uma grande cidade de gigantes que agora estava em sua maior parte destruída. O Rio Ruidoso marca a divisão entre Nárnia e as terras do norte.
Reino Profundo e Bismo
Abaixo de Nárnia existem várias cavernas que compõem o Reino Profundo, dominado pela Dama do Vestido Verde em A Cadeira de Prata. Abaixo do Reino Profundo existe um outro país denominado Bismo, habitado por duendes.
Arquelândia
País amigo de Nárnia que fica ao sul deste com a capital em Anvard e a sede do governo no castelo de Anvard. É limitado ao sul pelo rio Flecha Sinuosa. Seus habitantes descendem do Rei Franco, primeiro rei de Nárnia.
Fica ao norte da Calormânia, separado pelo Grande Deserto que serve de fronteira natural entre os dois países.
Ilhas
No Oceano Oriental que fica na costa de Nárnia há várias ilhas, muitas descobertas ao longo da viagem do Peregrino da Alvorada com o rei Caspian X.
Os arquipélagos das Ilhas Solitárias (ilhas de Felimate, Durne e Avra) e Galma também pertencem à Nárnia apesar do afastamento dos habitantes da ilha dos habitantes do continente. Mais a leste o Oceano Oriental abriga países submersos até que o ponto em que faz fronteira com o país de Aslam na beira do mundo.
Geografia
Nárnia é um mundo plano e geocêntrico, ao contrário do nosso conforme narrado em A Viagem do Peregrino da Alvorada. No limiar do mundo de Nárnia o oceano tem água doce, é coberto por flores e o céu encontra o mar. Além dali está o país de Aslam.
O solo é uma camada morta como a pele que recobre o nosso corpo, mas mais no interior da terra as rochas também são criaturas vivas como é relatado em A Cadeira de Prata.
O céu é habitado pelas estrelas, que também são vivas e realizam danças que os sábios podem interpretar para fazer predições sobre a chegada de Aslam e outros acontecimentos.
O sol é um disco em chamas que dá a volta em torno do mundo de Nárnia uma vez a cada dia. É no sol que estão as flores de fogo, cujo extrato compõe o líquido do frasco de diamante entregue para Lúcia por Aslam no livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. No filme Lúcia consegue o frasco pelo Papai Noel.
Multiverso
Lewis descreve nos livros um multiverso onde Nárnia é um dos vários universos existentes juntamente com o mundo em que vivemos. Isto pode ser observado no Bosque entre Mundos de O Sobrinho do Mago que possui lagos que ligam diversos universos, entre eles o nosso, o de Nárnia e o de Charn, de onde vem a Feiticeira Branca.
Cada história propicia uma passagem diferente do nosso mundo para o mundo de Nárnia de modo que algumas crianças de nosso mundo possam entrar no mundo de Nárnia. O primeiro meio de passagem foram os anéis mágicos do Tio André em O Sobrinho do Mago, passando pelo guarda-roupa de O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa e a própria vida como acontece no acidente de trem em A Última Batalha que provoca a morte de todos os amigos de Nárnia e dá a passagem definitiva para todos eles.
Passagem do Tempo
O tempo em Nárnia não passa da mesma forma que em nosso mundo. Em geral ele passa muito mais rápido em Nárnia, como acontece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa quando as crianças crescem e se tornam grandes reis, mas voltam pelo guarda-roupa de volta ao nosso mundo como se não houvesse passado tempo algum.
A idéia de que o tempo passa de maneira diferente em locais diferentes nos remete a Teoria da Relatividade de Albert Einstein.
Os livros narram vários trechos da história de Nárnia, começando com a criação em O Sobrinho do Mago até que o fim é decretado em A Última BatalhaHistória
Através dos fatos narrados nos livros, podemos aproximar uma cronologia dos acontecimentos mais importantes do universo de Nárnia, em anos narnianos:
O Sobrinho do Mago: Ano 1
Fundação do reino da Arquelândia: Ano 180
Incorporação das Ilhas Solitárias à Nárnia: Ano 302
Chegada dos telmarinos a Telmar: Ano 460
Jadis retorna para Nárnia: Ano 898
Início do inverno de cem anos: Ano 900
O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa: Ano 1000
O Cavalo e seu Menino: Ano 1014
Fim da época de ouro: Ano 1015
Os telmarinos invadem e conquistam Nárnia: Ano 1998
O Príncipe Caspian: Ano 2303
A Viagem do Peregrino da Alvorada: Ano 2306
Casamento de Caspian X: Ano 2310
Morte da rainha e desaparecimento de Rilian: Ano 2345
A Cadeira de Prata: Ano 2356
A Última Batalha: Ano 2555
Habitantes
Nárnia é habitada pelos animais e criaturas mitológicas criadas por Aslam conforme narrado em O Sobrinho do MagoAslam
Aslam é o Leão redentor de Nárnia, responsável pela sua criação e por decretar o seu fim. Criou Nárnia através do seu canto, como relatado em O Sobrinho do Mago. É referenciado como filho do Imperador de além mar e aparece em Nárnia quando o país precisa de ajuda.
Em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa ele sacrifica-se no lugar de Edmundo, este a Feiticeira Branca desejava sacrificar como traidor. Porém, como profundo conhecedor da magia profunda que rege Nárnia desde a criação, ele ressuscita após ser sacrificado.
É notável que no texto bíblico Jesus também seja referido como o Leão de Judá. É um paralelo claro entre as crônicas e a Bíblia, sendo uma dentre muitas outras alusões a idéias cristãs espalhadas ao longo dos livros da série.
Podemos supor do seu título de filho do Imperador de Além Mar que ele seja na Trindade uma alegoria para a pessoa do filho, enquanto que o Imperador de Além Mar como seu pai seja uma alegoria para Deus. Aslam aparece tanto como redentor em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa e como criador em O Sobrinho do Mago, porém isto não é uma contradição caso entenda-se que as pessoas da Trindade são uma só.
Anões
Há dois tipos de anões habitando Nárnia, os vermelhos e os negros, cuja diferença está justamente na cor dos cabelos. Além disso, os anões de cabelo vermelho são mais fiéis a Aslam enquanto os de cabelo escuro são mais inclinados à batalha e a seus próprios problemas.
Apesar dos livros só relatarem a presença de anões, é também relatado que há anões renegados que são mestiços com humanos. Isso nos leva a crer que também existem anãs.
Exemplos de anões citados são Nikabrik, um anão negro e Trumpkin, um anão vermelho. Também temos o anão mestiço Dr. Cornelius, o mentor de Caspian X na juventude deste. Todos aparecem em O Príncipe Caspian.
Animais Falantes
Há diversas espécies de animais falantes, desde roedores até lobos e cavalos. Apesar destes animais se parecerem com os que encontramos em nosso mundo, possuem algumas diferenças além da habilidade de falar. Por exemplo, o tamanho diferente dos animais que não sabem falar e a habilidade de pensar.
Os animais que falam são poupados dos serviços pesados em respeito ao intelecto atribuído a eles no momento da criação de Nárnia. Em todos os livros é dito que matar um destes animais é um crime odioso. O mesmo não acontece com os animais não falantes.
Exemplos de animais falantes citados nos livros são Maugrim, o lobo chefe da polícia em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, Caça-trufas, um texugo e Ripchip, o rato que aparece em O Príncipe Caspian e A Viagem do Peregrino da Alvorada, a coruja Plumalume que aparece em A Cadeira de Prata, Em A Cadeira de Prata também há a alusão a um Cervo Falante que foi caçado pelos gigantes, entre outros.
Criaturas Mitológicas
Inúmeras criaturas mitológicas também habitam o mundo de Nárnia, grande parte vinda da mitologia grega. Por exemplo, Sr. Tumnus que aparece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, é um fauno e Passofirme é um centauro.
Em O Príncipe Caspian também são citadas divindades mitológicas como Baco, Sileno e Pã, que na história se sujeitam a autoridade de Aslam.
Feiticeiras
É relatada a aparição de duas feiticeiras em Nárnia em duas épocas distintas.
A primeira é a Feiticeira Branca, também conhecida como Jadis, imperatriz de Charn. Esta feiticeira esteve presente em Nárnia desde a sua criação, conforme narrado em O Sobrinho do Mago, sendo rainha ilegítima mantendo o país castigado por um inverno de cem anos até que foi derrotada em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa por Aslam.
A segunda é a Dama do Vestido Verde, que aparece em A Cadeira de Prata que possuia planos de conquistar Nárnia, raptando o príncipe da época, filho do rei Caspian X o príncipe Rilian.
Outras criaturas
Entre outras criaturas, podemos citar o pessimista paulama Brejeiro de A Cadeira de Prata. Paulamas possuem o corpo de um homem alto e magro com mãos e pés de sapo, além de morarem em pântanos e terem hábitos pouco higiênicos. Aparentemente são criação de C.S. Lewis.
Também podemos citar os terrícolas que habitam o mundo inferior, mostrados em A Cadeira de Prata e os tontópodes, criaturas de uma perna só e tendência a seguirem cegamente os pensamentos dos mais influentes, conforme narrado em A Viagem do Peregrino da Alvorada.
Por final também temos a citação do Papai Noel em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa e a aparição do temido Tash, venerado como divindade pelos calormanos e tido como alegoria para Satanás. Também aparece na história o Pai Tempo, que aparece em A Cadeira de Prata dormindo no Reino Profundo e novamente na A Última Batalha para chamar as estrelas e apagar o sol.
Reis e Rainhas
Os seguintes reis e rainhas de Nárnia (país) são citados ao longo da série:
Rei Franco e Rainha Helena (coroados por Aslam como primeiros reis de Nárnia)
Rainha Cisne Branco (citada no livro A Última Batalha, esta rainha era dotada de uma beleza esplendorosa e reinou pouco antes de Jadis)
Rainha Jadis, A Feiticeira Branca (rainha ilegítima de Nárnia, submeteu o povo ao inverno de cem anos)
Rei Pedro, Rainha Susana, Rei Edmundo e Rainha Lúcia (reinando juntos na Época de Ouro)
Rei Caspian I
Rei Caspian IX
Rei Miraz e Rainha Prunaprismia (Miraz usurpou o trono do irmão, Caspian IX)
Rei Caspian X (reassume o trono após a segunda vinda do Grande Rei)
Rei Rilian
Rei Erlian (pai de Tirian)
Rei Tirian (o último rei de Nárnia)
Esta lista não contém todos os reis e rainhas, mas é dito que houve inúmeros outros ao longo da história de Nárnia.
Anexos
Lista dos lugares de As Crônicas de Nárnia
Países vizinhos
Nárnia é nome do mundo onde ocorrem as histórias das Crônicas de Nárnia e também de um país deste mundo. Os países vizinhos ao país de Nárnia são:
Arquelândia
Calormânia
as terras agrestes do Norte
Telmar, depois das Montanhas Ocidentais
Reino Profundo e Bismo (citados em A Cadeira de Prata)
Nota: Na edição em inglês, o nome é "Archenland", mas acondicionou-se a traduzir para a edição em português como Arquelândia, o que para muitos leitores é um erro, pois este país teria sido fundado pelo príncipe Arquen, filho de um rei de Nárnia.
Locais no país de Nárnia
Estes são locais do próprio país de Nárnia:
Ermo do Lampião
Dique dos Castores
Cair Paravel
Mesa de Pedra (ou Monte de Aslam em O Príncipe Caspian)
Espelho d'água
Gramado da Dança
Castelo de Miraz
Castelo da feiticeira (em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa)
Passo do Beruna
Lago do Caldeirão
Cavacópolis (para onde o burro Confuso vai sob as ordens de Manhoso comprar laranjas e bananas em A Última Batalha)
A colina do estábulo
Ilhas
No lado oriental do país de Nárnia há um grande oceano. Há algumas ilhas neste oceano que fazem parte do país de Nárnia e outras que foram descobertas pelo rei Caspian X em A Viagem do Peregrino da Alvorada.
Ilhas Solitárias: Felimate, Durne e Avra (também fazem parte do país de Nárnia)
Galma
Terebíntia
Ilha do Dragão (onde Eustáquio foi transformado em dragão em A Viagem do Peregrino da Alvorada)
Ilha Negra
Ilha de Ramandu
Calormânia
Tashbaan (capital da Calormânia)
Montanha Flamejante de Lagur
Tumbas dos Antigos Reis
Grande Deserto (que separa a Calormânia da Arquelândia)
Arquelândia
Monte Piro
Castelo de Anvard
Pico da Tempestade
O Eremitério
As terras agrestes do Norte
Castelo de Harfang
Charneca de Ettin
A cidade em ruínas dos gigantes
Rios
O Grande Rio
Rio Beruna
Rio Ruidoso (fronteira entre Nárnia e o Norte em A Cadeira de Prata)
Rio Flecha Sinuosa (fronteira entre a Calormânia e a Arquelândia)
Rio Arquen (cuja montante é o Monte Piro)
Rio Telmar (nasce na fronteira oeste de Nárnia)
Em nosso mundo
Há também locações fora de Nárnia, em nosso próprio mundo, que são citados nos livros:
Londres
Casa do professor Kirke
Casa dos Ketterley
Casa de Polly
Casa de Eustáquio
Colégio Experimental (onde estudam Eustáquio e Jill)
Chalé do professor Kirke
Bosque entre Mundos
O Bosque entre Mundos é um uma floresta mágica, onde não existe o tempo. Neste lugar existem várias poças d'água no chão que na verdade são passagens para mundos diversos. Para entrar em um mundo basta pular dentro da poça com algum tipo de passagem mágica própria para aquele mundo. No O Sobrinho do Mago, utilizam-se anéis mágicos para entrar nos mundos ao pular nas poças. No Bosque entre Mundos, como dito anteriormente, não há tempo, nem fome, sede ou fadiga. Neste lugar há uma atmosfera mágica que bloqueia alguns poderes de seres mágicos, como aconteceu com Jadis (a Feiticeira Branca) em O Sobrinho do Mago. Ela ficou até mais fraca do que as crianças que a acompanhavam, pois a atmosfera a impedia de estender os seus poderes mágicos, que eram a fonte de sua força.
Outros lugares
Charn
O País de Aslam
País de Aslam
O País de Aslam é o lugar fictício criado por C.S. Lewis em sua série As Crônicas de Nárnia. Formada por grandes cordilheiras, é a morada do leão Aslam. É citada nos livros A Viagem do Peregrino da Alvorada e A Última Batalha.
Localização
Segundo o livro A Última Batalha, todos os mundos são uma cópia de mundos "de verdade", onde nada de ruim pode acontecer. Todos esses mundos "de verdade" são pontinhas salientes das grandes cordilheiras que formam o País de Aslam. Podemos supor então que o País de Aslam seja uma alegoria para o paraíso.
Lista de Criatura Mitológicas
Esta é uma lista de criaturas mitológicas citadas em As Crônicas de Nárnia, acompanhadas de uma breve descrição das mesmas:
Dragões: criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo.
Dríada ou dríade: (do grego dryas, dryades, pelo latim dryas, dryadis), ninfa dos bosques e das árvores.
Duendes: (do castelhano duende) entidade fantástica ou espírito sobrenatural das lendas bretãs, que aparece como um anão brincalhão.
Espectro: (do latim spectrum) fantasma, aparição ilusória.
Fauno: deus romano dos rebanhos e dos pastores, de natureza selvagem e inquietante, cujo culto localizava-se sobretudo no Palatino, em Roma. Identificava-se com Pã.
Fúrias: divindades romanas infernais, assimiladas as erinias gregas.
Gigantes: seres fabulosos da mitologia grega, filhos de Gaia, a Terra, fecundada pelo sangue de Urano, o Céu. De acordo com o mito, eles tentaram escalar o monte Olimpo, local de morada dos deuses, mas Zeus, o maior deus dos gregos, os impediu com raios.
Gnomos: (do grego gnome, inteligência, pelo latim dos alquimistas gnomus), personagem sobrenatural que habita o interior da Terra e tem sob sua guarda minas e tesouros.
Incubo: demônio que adota uma forma masculina, geralmente humana, a fim de ter relações sexuais com uma mulher e a cuja influência se atribuíam os pesadelos. (O demônio feminino era chamado sucubo).
Lobisomem: homem que segundo certos mitos tem o poder de transformar-se em lobo nas noites de lua-cheia e voltar a forma humana de dia.
Minotauro: ser monstruoso da mitologia grega, meio homem e meio touro, nascido de Pasifae e de um touro branco enviado por Poseidon. O rei Minos fechou-o no labirinto construído por Dédalo. O minotauro alimentava-se de carne humana, e a cidade de Atenas foi condenada a pagar um tributo anual de sete virgens e sete rapazes, que eram dados ao monstro. O minotauro foi finalmente morto por Teseu, um dos jovens enviados para o sacrifício. Essa lenda e o eco do culto cretense ao touro e dos sacrifícios humanos praticados em sua homenagem na época minoica.
Náiada ou náiade: (do grego naias, naiados, pelo latim naias, naiadis), ninfa de água doce, de uma fonte, de um riacho ou de um rio.
Ninfa: (do grego nymphe, noiva, pelo latim nympha.), na mitologia grega, divindade dos rios, das fontes, dos bosques, das montanhas, representada comumente por uma jovem nua. Entre os gregos, as ninfas chamavam-se segundo os locais que freqüentavam: nereidas (mares), náiades (águas doces), oreades (montanhas), driades (bosques de carvalhos).
Ogro: bicho-papão dos contos-de-fadas europeus, monstro que se alimenta da carne humana, principalmente de crianças.
Pã ou Pan: deus grego dos pastores e rebanhos. Tornou-se, entre os poetas e filósofos, uma das grandes divindades da natureza. Seu culto originou-se na Arcádia, espalhou-se pela Grécia e chegou a Roma, onde Pã foi identificado ora como Fauno, ora como Silvano, deus das matas. De sexualidade brutal, sua aparição poderia provocar um medo "pânico". Representado com chifres, cauda e pés de bode, e uma flauta, ele protegia os rebanhos e se divertia com as ninfas.
Pégaso: na mitologia greco-romano, cavalo alado, filho de Netuno e de Medusa. Nasceu do sangue dela quando Perseu cortou-lhe a cabeça. Pégaso pertenceu a Belerofonte e, quando esse herói morreu, volta a morada dos deuses. Durante o certame musical entre as Musas e as Pieridas, o monte Helicon inchou-se de prazer, ameaçando tocar o céu. Então, por ordem de Netuno, Pégaso bateu com o casco na montanha e a fez retomar seu tamanho normal; no lugar tocado pelo cavalo brotou a fonte de Hipocrene. Pégaso foi transformado em constelação pelos deuses.
Sátiro: (do grego satyros), semideus rústico representado como um ser de corpo humano, pernas de bode, orelhas alongadas e pontudas, chifres e cauda. Irmão das ninfas, os sátiros foram associados ao culto de Baco. É sinônimo de Sileno.
Sereia: (do grego seiren, pelo latim sirena.), ser mitológico, metade mulher e metade peixe que, com seu canto melodioso, atraia os navegadores para o naufrágio.
Sileno: personagem da mitologia grega que possuía grande sabedoria e conhecia o futuro, mas só dizia a verdade sob o efeito do vinho. Diz uma tradição que Sileno educou Dionisio (Baco).
Silenos: gênios agrestes da mitologia grega semelhantes aos sátiros. São representados com cauda, patas e orelhas de cavalo e seguem o cortejo de Dionisio (Baco).
Tritão: na mitologia grega, filho de Poseidon e Anfitrite. Deus marinho, acolheu os Argonautas e indicou-lhes a rota para atingir o Mediterrâneo. Uniu-se a numerosas filhas do mar, gerando os Tritões, monstros marinhos que tinham suas características físicas: corpo de homem terminado por uma cauda de peixe.
Unicórnio: (do latim unicornis) animal mitológico representado com um corpo de cavalo, um chifre na testa, barba de bode e unhas fendidas, unicorne.
Vampiro: (do sérvio vampir, através do alemão vampir e do francês vampire) morto que, segundo as lendas e o folclore de certos países, sai da sepultura ,durante a noite, para sugar o sangue dos vivos, levando consigo a vitalidade das vitimas.
Vulpino: (do latim vulpinus, de vulpes, vulpis, raposa) se refere a raposa, simboliza um ser astuto, manhoso.
Lista dos personagens de As Crônicas de Nárnia
Esta é uma lista das personagens fictícias criadas pelo escritor irlandês C.S. Lewis para a série de livros As Crônicas de Nárnia.
Humanos
Chamados de "Filhos de Adão" e "Filhas de Eva", humanos que saíram de nosso mundo e foram para Nárnia.
Lúcia
Edmundo
Pedro
Susana
Eustáquio
Jill Pole (ou apenas Jill)
Lady Polly (ou Polly Plummer)
Lorde Digory Kirke (ou Professor Kirke)
Franco e Helena (os primeiros reis de Nárnia)
Tio André
Mabel (mãe de Digory)
Tia Leda (irmã de Mabel e André)
Humanos naturais de Nárnia
Nesta lista estão telmarinos, calormanos e arquelandeses, que nasceram no mundo de Nárnia.
Emeth (calormano que entra no País de Aslam)
Drinian
Shasta (ou príncipe Cor)
Corin Mão-de-Ferro
Aravis Tarcaína
Tisroc (como são chamados os reis na Calormânia)
Pug
Arriche (pescador, pai adotivo de Shasta em O Cavalo e seu Menino)
Rei Luna (pai de Cor e de Corin, rei da Arquelândia)
Rabadash, o Ridículo
Lasaralina (amiga de Aravis)
Achosta Tarcaã (pretendente de Aravis)
Rishda Tarcaã (invasor de Nárnia em A Última Batalha)
Dr. Cornelius
Os sete fidalgos
Lorde Argos
Lorde Bern
Lorde Mavramorn
Lorde Octasiano
Lorde Restimar
Lorde Revilian
Lorde Rupe
Reis e rainhas de Nárnia
Houve muitos reis e rainhas em Nárnia, este são apenas alguns deles:
Rei Franco e rainha Helena
Rei Furacão
Rainha Cisne Branco
Grande Rei Pedro, Rei Edmundo, Rainha Lúcia e Rainha Susana
Rainha Jadis, a Feiticeira Branca
Rei Caspian IX
Rei Miraz e Rainha Prunaprismia (usurpadores do trono)
Rei Caspian X
Rei Rilian
Rei Erlian (pai de Tirian)
Rei Tirian (o último rei de Nárnia)
Animais falantes
Aslam
Sr. e Sra. Castor
Maugrim (lobo chefe da polícia em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa)
Caça-trufas
Ripchip
Plumalume
Bri (Brirri-rini-brini-ruri-rá)
Ruivo (gato que conspira contra Nárnia em A Última Batalha)
Huin
Farfalhante (esquilo falante de O Príncipe Caspian)
Os Ursos Barrigudos
burro Confuso
Manhoso (o macaco velho de A Última Batalha)
Felipe (o cavalo de Edmundo no filme de O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa)
Feiticeiras
Jadis, a Feiticeira Branca (imperatriz de Charn)
Feiticeira Verde (Dama do Vestido Verde)
Gigantes
Rumbacatambau
Verruma
Criaturas mitológicas
Sr. Tumnus
centauro Ciclone
centauro Passofirme
unicórnio Precioso
Baco
Papai Noel
Golgo (gnomo que aparece em A Cadeira de Prata)
Pluma (o cavalo alado que aparece em O Sobrinho do Mago)
Incubus - Uma criatura do mal que serve à Feiticeira Branca. Tem asas de morcego que crescem para trás e podem aparecer como homens, se escolherem. Não podem voar muito longe, portanto, o são guiados pelo próprio coração.
Grifo (luta ao lado de Aslam no filme O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa
Anões
Nikabrik
Trumpkin (ou também chamado de N.C.A. que significa "nosso caro amiguinho")
Poggin (anão que luta do lado do rei em A Última Batalha)
Grifo (citado em A Última Batalha)
Ranzinza(também citado em A Última Batalha)
Estrelas
Coriakin
Ramandu
filha de Ramandu (que também foi rainha de Nárnia)
Outros
Tia Alberta (mãe de Eustáquio)
Pai Tempo
Imperador de além mar
Dona Marta
Brejeiro ou Lingrinhas (paulama que aparece em A Cadeira de Prata)
Tash
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
As crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira e o guarda-roupa (BR)
2005 ı cor ı 143 min
Dirigido por: Andrew Adamson
Elenco Georgie Henley
Skandar Keynes
William Moseley
Anna Popplewell
Tilda Swinton
Jim Broadbent
Roteiro/Guião Ann Peacock
Andrew Adamson
Christopher Markus
Stephen McFeely
Género aventura drama fantasia
Idioma inglês, alemão
IMDb
The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa) é um filme estadunidense, produzido pela Disney em 2005, dos gêneros aventura e fantasia, baseado no primeiro livro da série As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis, mas considerando elementos de todos os outros livros.
Foi distribuido pela Buena Vista e a estréia ocorreu no dia 9 de dezembro de 2005.
Sinopse
A história começa na Segunda Guerra Mundial, quando quatro crianças (Pedro, Lúcia, Edmundo e Susana) são obrigadas a sair de Londres por causa dos bombardeiros e ir para uma pequena cidade na Inglaterra, na casa de um professor solteiro. Quando chegam na mansão do tal professor, Lúcia descobre uma passagem secreta escondida no fundo do guarda-roupas de uma sala vazia. Esta passagem leva a um mundo mágico chamado de Nárnia, onde mais tarde as quatro crianças vivem aventuras fantásticas.
Elenco
Georgie Henley .... Lúcia, a Destemida
Skandar Keynes .... Edmundo, o Justo
Anna Popplewell .... Susana, a Gentil
William Moseley .... Pedro, o Magnífico
Jim Broadbent .... professor Digory Kirke
Tilda Swinton .... Jadis, a Feiticeira Branca
James Cosmo .... Papai Noel
Judy McIntosh .... sra. Pevensie
Elizabeth Hawthorne .... sra. MacReady
Noah Huntley .... Pedro Pevensie (adulto)
Sophie Winkleman .... Susana Pevensie (adulta)
Mark Wells .... Edmundo Pevensie (adulto)
Rachael Henley.... Lúcia Pevensie (adulta)
Rupert Everett .... raposa (voz)
Liam Neeson .... Aslan (voz)
Dublagem brasileira
Bianca Salgueiro .... Lúcia Pevensie
Diogo Ferreira .... Edmundo Pevensie
Lina Mendes .... Susana Pevensie
Felipe Drummond .... Pedro Pevensie
Isaac Schneider .... professor Digory Kirke
Miriam Ficher .... Jadis, a Feiticeira Branca
Alexandre Moreno .... sr. Tumnus
Paulo Goulart .... Aslan
Isaac Bardavid .... sr. Castor
Marize Motta .... sra. McReady
Geisa Vidal .... sra. Castor
Principais prêmios e indicações
Oscar 2006 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Maquiagem.
Indicado nas categorias de Melhores Efeitos Especiais e Melhor Som.
Globo de Ouro 2006 (EUA)
Indicado nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original (Wunderskind).
BAFTA 2006 (Reino Unido)
Venceu na categoria de Melhor Maquiagem.
Indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.
MTV Movie Awards 2006 (EUA)
Indicado na categoria de Melhor Vilão (Tilda Swinton).
Curiosidades
As crônicas de Nárnia foi o primeiro filme com atores dirigido por Andrew Adamson; antes ele só havia dirigido os filmes de animação Shrek, em 2001, e Shrek 2, em 2004.
A personagem Jadis, a feiticeira branca, foi oferecida a Michelle Pfeiffer, que não pôde aceitá-la devido a obrigações familiares.
Tilda Swinton não havia lido a série antes de rodar o filme.
Inicialmente seria Brian Cox quem daria voz ao personagem Aslan; e ele foi substituído por Liam Neeson.
As filmagens foram realizadas na Nova Zelândia e na República Tcheca.
Aslan sigifica leão, em turco
O Sobrinho do Mago
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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'''The Magician's Nephew'''
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) Clive Staples Lewis
Título em Português O Sobrinho do Mago (Brasil)
O Sobrinho do Mágico (Portugal)
Tradutor(a/as/es) Paulo Mendes Campos
Ilustrador Chris Van Allsburg
País Inglaterra
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1955
Seguido por A Última Batalha
O Sobrinho do Mago é um livro do escritor irlandês C.S. Lewis publicado originalmente em 1955 como parte de uma série de livros intitulada As Crônicas de Nárnia. Este mesmo livro também já foi publicado com o título Os Anéis Mágicos e em Portugal recebe o título de O Sobrinho do Mágico.
Embora não tenha sido o primeiro livro da série a ser publicado, os fatos narrados remetem a acontecimentos que precedem o primeiro livro publicado da série, que é O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. Logo, apesar de ser o sexto livro a ser publicado é o primeiro na ordem sugerida de leitura.
Conta a criação de Nárnia e como começaram as idas e vindas de crianças do nosso mundo até este mundo.
Sinopse
O Sobrinho do Mago nos conta a criação do mundo de Nárnia e de como o professor dono da casa que contém o guarda-roupa entrou na história. Nela também se conhece o caráter multiverso de Nárnia com o Bosque entre Mundos, que possibilita acesso a diferentes mundos através de lagos de dois anéis.
Aproveita-se também para se fazer uma crítica à bomba atômica que Aslam compara com "a palavra execrável" que foi usada pela feiticeira Jadis em seu universo original, Charn, e que poderia trazer destruição semelhante para nosso mundo.
Neste livro, Polly e Digory (Kirke) ao tentarem se aventurar em uma casa vizinha acabam encontrando uma passagem para uma sala secreta da casa do próprio Digory, onde seu tio fazia experiências com anéis que podiam nos levar para outros mundos.
Polly acaba como cobaia do tio de Digory e é mandada para o Bosque entre Mundos com os anéis mágicos. Lá encontram um lago que dá passagem para um mundo chamado Charn, onde Digory acha uma placa que diz para pegar um martelo e bater num sino. Digory faz o que a placa diz e acaba libertando a Feiticeira Branca que vem para o nosso mundo. Depois de muitas trapalhadas com o tio de Digory, Polly e Digory conseguem mandar o tio, a Feiticeira e um cocheiro de volta ao Bosque entre Mundos, e em seguida para um mundo vazio, onde Aslam naquele exato momento chegara para criar Nárnia.
Então fica explicado como surgiu o poste de luz no Ermo do Lampião, como surgiram os animais falantes e como a Feiticeira Branca chegou em Nárnia. Aslam coloca o cocheiro, que se chamava Franco como primeiro rei de Nárnia.
Digory leva então uma maçã que veio de uma arvore cujo frutos eram magicos e prateados e dariam a vida eterna em Narnia, para o nosso mundo para a sua mãe que estava doente, e ela é curada. Ele planta as sementes da maçã no quintal fazendo nascer uma grande macieira que mais tarde forneceu a madeira para o guarda-roupa que aparece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa.
A Criação
São claros os paralelos traçados entre o livro bíblico de Gênesis pois temas como a criação, o pecado original, a fruta proibida e a tentação ficam claros no enredo da história. Como ocorre nos outros livros das Crônicas de Nárnia estes temas são apresentados de maneira a facilitar o entendimento destes conceitos, possibilitando que crianças que já conheçam a história da criação não tenham dificuldades em acompanhar a história.
Não há referências ao "Imperador de Além Mar" como ocorre nos outros livros da série que é uma alegoria para Deus, pois quem cria o mundo de Nárnia é o próprio Aslam, que é encarado como alegoria para Jesus, filho de Deus. De certa forma isso não cria contradição pois se encaixa bem com a visão do Novo Testamento na qual Jesus é agente da criação.
Canção de Aslam
Canção de Aslam é uma canção narrada no livro As Crônicas de Narnia: O Sobrinho do Mago.
Com essa canção Nárnia é construída, conforme Aslam (ou Aslan dependendo da tradução) vai cantando, e o que ele pensa se materializa. A canção muda de rítmo, e, conforme este muda, uma coisa diferente começa a ser criada, primeiro as estrelas, depois o sol (...) e por último os animais, que, como é descrito no livro, saem de algo parecido com cupinzeiros.
Os presentes na hora em que Aslam está cantando são: tio André (o tio de Digory), Digory Kirke, Lady Polly, Jadis (depois seria conhecida como Feiticeira Branca), Franco ( que se tornou o primeiro rei de Nárnia), Morango (o cavalo ao qual Aslam dá o dom de falar e depois fica conhecido como Pluma).
Depois que Aslam termina de cantar, ele escolhe dois animais de cada especie e lhes dá o dom da fala. Além disso, após a música, Nárnia fica "explodindo" em vida e tudo o que cai em seu solo nasce (seja uma coisa viva, como a maçã de prata, ou não, como as moedas do tio de Digory).
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é um livro infantil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1950. É o primeiro livro da série intitulada As Crônicas de Nárnia a ser escrito, porém os acontecimentos de outro livro desta série intitulado O Sobrinho do Mago antecedem O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa.
Também é o livro mais conhecido da série, já adaptado para o cinema e para o rádio.
Sinopse
Neste livro são narradas as aventuras dos quatro irmãos Pevensie: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, que fugindo dos bombardeios a Londres durante a II Guerra Mundial, vão até a casa de um professor que morava no campo. Lá encontram dentro de um guarda-roupa (cuja origem é revelada em O Sobrinho do Mago) uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia.
Eles chegam a este país que está sendo castigado por um inverno decretado pela Feiticeira Branca, também conhecida como Jadis. Mas faz parte de uma profecia entre os narnianos que quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva aparecerem e se tornarem reis de Nárnia em Cair Paravel, com a ajuda do leão Aslam o governo da Feiticeira irá terminar.
Infelizmente Edmundo, tentado pelas promessas da Feiticeira Branca, acaba traindo os próprios irmãos, avisando-a de que seus irmãos estão em Nárnia e que estão procurando Aslam. Mas de qualquer maneira os outros três acabam por encontrar Aslam, além de conseguirem salvar Edmundo da Feiticeira. Como prova de amor, Aslam se oferece em troca de Edmundo para ser sacrificado na Mesa de Pedra, local onde os traidores são entregues à Feiticeira para sacrifício.
Mas a morte não é capaz de vencer Aslam, que revive por ser inocente, conforme a Magia Profunda de Antes da Aurora do Tempo ordena. Então a Feiticeira agrupa seus súditos fiéis para atacar o exército de Aslam, liderado agora por Pedro. Aslam primeiramente vai libertar os narnianos que foram transformados em estátuas de pedra pela Feiticeira em seu castelo e então vai ajudar Pedro na batalha, derrotando definitivamente a Feiticeira e seu exército.
Com a vitória, os quatro irmãos são coroados reis e rainhas de Nárnia em Cair Paravel e governam por muitos anos, iniciando a Época de Ouro. O reinado deles acaba quando, em uma caçada, acabam por encontrar uma passagem no Ermo do Lampião (a mesma que eles usaram para entrar em Nárnia), que acaba os levando de volta ao nosso mundo. Como o tempo em Nárnia e no nosso mundo são independentes, eles voltam com a mesma idade que tinham quando entraram no guarda-roupa. Ninguém ficou sabendo das aventuras deles em Nárnia, a não ser o professor que os hospedou.
Os quatro irmãos ainda voltariam mais uma vez a Nárnia, conforme narrado em O Príncipe Caspian.
Temas cristãos
Uma carta do autor dos livros revela a evidência clara e contundente da mensagem que Lewis quis passar através de As Crônicas de Nárnia. Esta carta, escrita em 1961, foi enviada por C.S. Lewis a um menino na qual lhe fala sobre suas histórias, e indica que Lewis quis representar Jesus Cristo de forma figurada com o leão Aslam. Nela, Lewis afirma que "toda a história de Nárnia se refere a Cristo".
A carta foi divulgada por Walter Hooper, que foi secretário de Lewis e que se tornou seu biógrafo. A mesma vem a trazer luz ao debate no qual os cristãos explicam a mensagem dos livros com a obra de Cristo, enquanto que o mundo secular alega que é uma história como qualquer, aceitando a mesma mas não o significado cristão.
Nessa mesma carta, Lewis diz: "Suponhamos que existisse um mundo como Nárnia.... e suponhamos que Cristo quisesse ir a esse mundo e salvá-lo (como fez conosco) que aconteceria então?". O mesmo Lewis responde a esta pergunta dizendo: "Pois as crônicas são minha resposta. Como Nárnia é um mundo de animais que falam, pensei em encarná-lo como um animal que fala. Dei-lha a forma de leão porque se supõe que o leão é o rei dos animais; e também Jesus é chamado 'o Leão de Judá' na Bíblia". O conteúdo desta carta foi publicado em um livro que contém as cartas de C.S. Lewis.
A história foi inspirada em temas cristãos tomando-os emprestados para sejam ilustrados juntamente com algumas idéias do próprio C.S. Lewis. A história de O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa claramente aborda os temas do sacrifício de Cristo para remissão e a sua ressurreição sob a figura do sacrifício de Aslam na Mesa de Pedra em troca da vida de Edmundo.
Mais paralelos podem ser identificados como a Trindade tendo Aslam como Filho, dado que além do sacrifício é citado o fato de que ele é filho do Imperador-de-Além-Mar, este que seria o Pai. Há ainda alusões a eventos do sacrifício de Cristo no sacrifício de Aslam, como a sua humilhação antes da morte e as cortinas do templo rasgadas após a morte na forma da Mesa de Pedra sendo partida de um lado a outro.
Pode ser feita uma comparação no papel das crianças com o dos discípulos de Jesus colocando Edmundo como Judas Iscariotes, o traidor, e o rei Pedro como o próprio Pedro. As duas meninas também são as primeiras a ver Aslam ressurrecto assim como na narrativa bíblica.
O Cavalo e seu Menino
'''The Horse and his Boy'''
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) C.S. Lewis
Título em Português O Cavalo e seu Menino
O Cavalo e seu Rapaz
Tradutor(a/as/es) Paulo Mendes Campos
Ilustrador Chris Van Allsburg
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1954
Seguido por O Sobrinho do Mago
O Cavalo e seu Menino é um livro infantil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1954. É o quinto livro da série As Crônicas de Nárnia a ser publicado, mas é o terceiro livro da série na ordem sugerida de leitura. Em Portugal este mesmo livro recebe o título de O Cavalo e seu Rapaz.
Sinopse
A história deste livro se passa na época de ouro de Nárnia, durante o reinado dos irmãos Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo.
O livro nos narra a história de Shasta, que vivia na Calormânia com um pescador que o havia encontrado em um barco quando era apenas bebê. Certo dia um tarcaã (cavaleiro nobre da Calormânia) vem visitá-los e deseja comprar Shasta como escravo. Neste meio tempo Shasta descobre que o cavalo do Tarcaã na verdade é um cavalo falante de Nárnia que está decidido a fugir de volta ao seu país.
O cavalo e Shasta decidem fugir durante a noite, e acabam encontrando a tarcaína Aravis montando uma égua falante, também tentando fugir da Calormânia para Nárnia. Mas no rumo para Nárnia precisam passar pela capital do país, Tashbaan, onde vivem mil aventuras para atravessarem a cidade. Aravis acaba descobrindo um terrível plano do príncipe dos calormanos de conquistar Arquelândia e depois invadir Nárnia para consolidar seus planos de se casar com Susana.
Mas Shasta e Aravis, com a ajuda dos cavalos de Nárnia, acabam por frustrar os planos de invasão. Shasta acaba conhecendo Aslam no meio de sua jornada para levar a notícia de perigo aos narnianos e vendo como Aslam estava tão presente em sua vida mesmo sem que ele notasse.
E Shasta descobre que é filho do rei de Arquelândia e que tem um irmão gêmeo chamado Corin e que na verdade ele é o príncipe Cor.
Temas cristãos
A história deste livro lembra sutilmente a história bíblica de Moisés. Tanto Shasta quanto Moisés foram encontrados na água e criados por pessoas que não foram seus pais, trazendo grande libertação aos seus compatriotas quando cresceram: Moisés aos hebreus e Shasta aos arquelandeses.
Também é deixada a mensagem de que Deus está nos acompanhando continuamente, o que fica evidente quando Aslam aparece para Shasta dizendo que ele o estava acompanhando quando andava na beira do abismo ou quando ele foi parar na praia da Calormânia quando era bebê.
Temas mitológicos
A associação entre Shasta (ou Cor) e os cavalos e seu irmão Corin com lutas nos remete a lenda da mitologia grega dos irmãos Castor e Pólux.
Citações na série
O Cavalo e seu Menino é citado duas vezes em outro livro das Crônicas de Nárnia: A Cadeira de Prata, figurando como uma lenda narniana.
Príncipe Caspian
'''Prince Caspian'''
/
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) C.S. Lewis
Título em Português Príncipe Caspian
Tradutor(a/as/es) Paulo Mendes Campos
Ilustrador Chris Van Allsburg
País Inglaterra
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1951
Seguido por A Viagem do Peregrino da Alvorada
O Príncipe Caspian é um livro escrito em 1951 pelo escritor irlandês C.S. Lewis. É o segundo livro da série As Crônicas de Nárnia a ser publicado, mas o quarto na ordem sugerida de leitura. Também já foi publicado com o título O Príncipe e a Ilha Mágica.
Relata a volta dos personagens Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia que estão presentes no enredo do livro anterior O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa ao mundo de Nárnia.
Sinopse
Neste livro são narradas as aventuras dos antigos reis e rainhas de Nárnia que voltam a esta terra magnífica a mais de mil anos no tempo de Nárnia (um ano em nosso mundo) depois a terem deixado no final do livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. No período em que os quatro irmãos Pevensie (os Antigos Reis) estão fora de Nárnia, esta é invadida pelos telmarinos.
Os verdadeiros habitantes de Nárnia (animais falantes e criaturas mitológicas) tiveram que se esconder fora do território conquistado pelos telmarinos, mas o príncipe Caspian, detentor do direito de suceder o trono de Nárnia, gostaria de reviver a antiga forma de viver em Nárnia. Para isso irá contar com a ajuda dos antigos reis, invocados do nosso mundo através da trompa mágica que Susana havia recebido, e é claro, da ajuda do leão Aslam.
Os telmarinos não pertencem ao mundo de Nárnia. Eles são, na verdade, piratas do nosso mundo que se perderam em uma ilha, e nesta ilha encontraram uma caverna mágica que levava ao mundo de Nárnia. Telmar fica a Oeste de Nárnia, e os telmarinos só invadem esta última quando Telmar passa por uma grande escassez de alimentos.
Apesar de também ser telmarino, o príncipe Caspian gostava muito de ouvir histórias sobre a antiga Nárnia da época de ouro. Naqueles dias seu tio Miraz era rei por ter deposto o pai de Caspian, o rei Caspian IX, através de manobras políticas e golpes planejados. Como Miraz não tinha filhos ele cuidava para que o príncipe Caspian o sucedesse no trono.
Certo dia Miraz conseguiu ter um filho legítimo, o que obrigou o príncipe Caspian a fugir, levando ele de encontro aos antigos habitantes de Nárnia, que vêem nele a figura do verdadeiro rei. Organizam então uma batalha contra os telmarinos, mas só vencem quando chega a ajuda dos antigos reis e rainhas de Nárnia e do próprio Aslam.
A guerra entre telmarinos e narnianos dura vários dias, até que os antigos reis chegam para ajudar.
Mesmo assim, os telmarinos, que têm medo de árvores, só concordam em deixar Nárnia depois de ver um batalhão de espíritos de árvores despertas marchando na direção deles. Então o príncipe Caspian assume o trono como rei. Aslam diz então que Susana e Pedro já estão grandes demais para voltar à Nárnia, mas Edmundo e Lúcia ainda voltariam mais uma vez conforme relatado em A Viagem do Peregrino da Alvorada.
Filme
Uma adaptação cinematográfica do livro está em produção pela Disney e Walden Media nos moldes do filme adaptado do livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. A direção do filme será de Andrew Adamson e data para lançamento nos Estados Unidos foi marcada para 16 de maio de 2008 e no Brasil para 30 de maio de 2008.
Temas cristãos
Assim como nos outros livros da série As Crônicas de Nárnia há temas cristãos emprestados pelo autor ilustrados no decorrer da narrativa.
Um dos temas abordado neste livro é a apostasia na forma dos telmarinos conquistadores que tentam eliminar os narnianos originais e seus costumes, além de viverem sob o medo do mar pois é dele que Aslam aparece. Outro tema abordado é a fé em um Deus que é invisível, pois as crianças (exceto Lúcia) inicialmente não conseguem ver Aslam quando ele faz a sua primeira aparição, mas conseguem vê-lo depois quando acreditam que Lúcia o está vendo.
A Viagem do Peregrino da Alvorada
'''The Voyage of the Dawn Treader'''
g
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) C.S. Lewis
Título em Português A Viagem do Peregrino da Alvorada
A Viagem do Caminheiro da Alvorada
Tradutor(a/as/es) Paulo Mendes Campos
Ilustrador Chris Van Allsburg
País Inglaterra
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1952
Seguido por A Cadeira de Prata
A Viagem do Peregrino da Alvorada é um livro infantil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1952. É o terceiro livro da série As Crônicas de Nárnia a ser publicado, mas é o quinto livro da série na ordem sugerida de leitura. Este livro também já foi publicado com o título O Navio da Alvorada e em Portugal recebe o título de A Viagem do Caminheiro da Alvorada.
Relata a volta de Lúcia e Edmundo, agora na companhia do primo Eustáquio à Nárnia quando o rei Caspian sai navegando pelo oceano oriental a bordo do Peregrino da Alvorada em busca dos lordes que foram mandados para explorar o oceano oriental.
Sinopse
Este livro narra as aventuras de Lúcia e Edmundo, juntamente com o primo Eustáquio e o agora rei Caspian, a bordo do navio Peregrino da Alvorada. Juntos, sua missão é saber o que aconteceu com os lordes que foram enviados para desbravar o mar pelo tio de Caspian, conforme narrado em O Príncipe Caspian.
Desta vez entram no mundo de Nárnia enquanto estavam passando as férias na casa do inconveniente primo Eustáquio, por um quadro que os pais de Eustáquio ganharam de presente de casamento, o qual estava pendurado no quarto onde Lúcia estava. Nesta viagem encontram inúmeras aventuras em diversas ilhas que encontram ao longo do mar, habitadas por dragões, povos não muito amigáveis, criaturas estranhas como os Tontópodes e por final até a borda do mundo de Nárnia.
Eustáquio que inicia a viagem contra a sua vontade, acaba tendo sua vida transformada após ser vítima de um feitiço que o transformou em um dragão em uma das ilhas. Isso acaba transformando o caráter dele, tornando a pessoa chata que era em alguém pronto para ajudar. No final Aslam o livra do feitiço e ele volta a ser humano, mas não mais como era antes.
Lúcia e Edmundo não iriam mais voltar para Nárnia pois estavam crescendo e precisariam encontrar Aslam em nosso próprio mundo, mas Eustáquio ainda voltaria mais uma vez conforme narrado em A Cadeira de Prata
Filme
A Disney e a Walden Media estão iniciando a pré-produção da adaptação cinematográfica deste livro enquanto está sendo produzida a adaptação do livro O Príncipe Caspian. A direção do filme será de Michael Apted[1] e a previsão para o lançamento do filme é 2009.
Temas cristãos
Apesar da história deste livro estar menos envolvida pela temática cristã ela se destaca por conter uma referência muito direta sobre o propósito das Crônicas de Nárnia.
Uma das referências cristãs é a transformação no caráter de Eustáquio, que depois de ser transformado em dragão acaba por se arrepender do comportamento que teve desde que tinha chegado a Nárnia. Esta transformação é selada num cerimonial de batismo em que Aslam pede que Eustáquio deixe a pele de dragão para trás, representando o nascimento de uma nova criatura.
Também fica claro que isso é algo possível apenas com a ajuda de Deus e impossível apenas com a força humana, sendo explicitado quando Eustáquio tenta se livrar da pele de dragão sem sucesso, conseguindo apenas quando o próprio Aslam usa suas unhas para arrancar a pele dele. Por final ocorre o batismo que como o próprio Eustáqio relata: "A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia.", relatando a dor de deixar as coisas do mundo mas se alegrando com a nova vida.
As outras referências estão no final do livro, quando Edmundo, Eustáquio e Lúcia atingem o fim do mundo e são recebidos por Aslam que assumiu a forma de um Cordeiro, uma forma bíblica de se referir a Jesus. Em seguida ao revelar para Edmundo e Lúcia que não poderiam mais voltar para Nárnia por estarem crescendo, Aslam revela também está em nosso mundo. Então completa:
"Estou, mas tenho outro nome. Têm de aprender a conhecer-me por esse nome. Foi por isso que os levei a Nárnia, para que, conhecendo-me um pouco, venham a conhecer-me melhor."
Esta frase explicita de forma muito direta o propósito com que Lewis está colocando a temática cristã dentro das Crônicas de Nárnia.
Alguns cristãos tomam a liberdade de estabelecer um paralelo entre a história de Eustáquio com a história de Paulo de Tarso narrada na Bíblia nos Atos dos Apóstolos. Tal comparação se baseia na mudança que Paulo passou de perseguidor descrente para líder e pregador.
A Cadeira de Prata
/
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) C.S. Lewis
Título em Português A Cadeira de Prata
O Trono de Prata
Tradutor(a/as/es) Paulo Mendes Campos
Ilustrador Chris Van Allsburg
País Inglaterra
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1953
Seguido por O Cavalo e seu Menino
A Cadeira de Prata é um livro infanto-juvenil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1953. É o quarto livro da série As Crônicas de Nárnia a ser publicado, mas o sexto em ordem sugerida de leitura. Em Portugal este mesmo livro recebe o título de O Trono de Prata.
Sinopse
Neste livro está narrada a volta de Eustáquio até Nárnia na companhia de sua amiga Jill. Desta vez eles conseguem ir até Nárnia através de um velho portão nos fundos da escola onde estudavam.
Eles chegam em Nárnia muitos anos depois da aventura vivida em A Viagem do Peregrino da Alvorada, quando rei Caspian já era muito idoso e estava em busca de seu filho, perdido nas terras ao norte de Nárnia. Jill estava encarregada por Aslam de se lembrar dos sinais que indicariam o que fazer para conseguir resgatar o príncipe, mas já chegam perdendo o primeiro sinal.
Como Caspian havia proibido buscas ao seu filho, tiveram que iniciar uma aventura por conta própria ajudados pelo pessimista paulama Brejeiro. Seguiram pelas terras do norte, habitadas por gigantes, quase virando refeição deles. Por final, conseguem libertar o príncipe ao se lembrarem do último sinal, que indicaria que o verdadeiro príncipe juraria "em nome de Aslam". Ele estava preso nas terras do mundo interior habitado pelos terrícolas onde uma outra feiticeira conspirava em usá-lo para conquistar Nárnia.
Eustáquio e Jill ainda voltariam mais uma última vez para Nárnia como narrado em A Última Batalha
Temas cristãos
Esse livro guarda uma semelhança com a parábola do semeador contada no Novo Testamento da Bíblia por Jesus. Jill encontra Aslam logo na sua chegada em Nárnia e ele e a faz guardar para si alguns objetivos a serem cumpridos durante sua jornada, os quais ela acaba por não cumprir ou esquecer, com exceção do último.
Fato semelhante acontece na vida dos cristãos, que guardam para si vários objetivos a cumprir justamente por serem cristãos, mas por estarem sufocados pela vida diária acabam por descumprir ou esquecer vários deles.
Nesta crônica ainda podemos perceber que como a Feiticeira Verde cega e domina o príncipe, Satanás faz o mesmo com as pessoas. Colocando cargos de poder e luxo para cegar o coração dos homens.
A Última Batalha
'''The Last Battle'''
Livros da série As Crônicas de Nárnia
Autor(a/as/es) C.S. Lewis
Título em Português A Última Batalha
Tradutor(a/as/es) Silêda Steuernagel
Ilustrador Chris Van Allsburg
País Inglaterra
Idioma Inglês
Série As Crônicas de Nárnia
Gênero(s) Fantasia, Ficção
Editora Martins Fontes
Lançado em 1956
A Última Batalha é um livro infantil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1956. É o último livro a ser publicado da série As Crônicas de Nárnia e também o último na ordem sugerida de leitura.
Relata os últimos dias de Nárnia e as últimas batalhas travadas contra o mal nesse mundo, marcando o final da série.
Este livro rendeu a C.S. Lewis em 1956 o prêmio "Carnegie", este que prémia os melhores livros infanto-juvenis de língua inglesa publicados no Reino Unido.
Sinopse
Neste livro se narram os últimos dias de Nárnia quando Tirian era rei em Cair Paravel. Tudo começa quando um velho macaco que vivia no lado ocidental de Nárnia junto com burro encontra uma pele de leão. Fazendo grandes planos,o macaco veste o seu amigo burro com a pele de leão e passa a propagar as falsas notícias de que Aslam teria voltado e que ele seria o seu porta voz.
O macaco então faz uma aliança com os calormanos que agora tinham a chance de conquistar as terras de Nárnia. O rei Tirian flagra o desmatamento perto do Ermo do Lampião sendo perpetrado pelos calormanos. Acaba se entregando após matar um deles e quando passou a noite amarrado a uma árvore conseguiu pedir socorro aos amigos de Nárnia (todos que já haviam entrado em Nárnia, exceto Susana), em nosso mundo. Então os amigos de Nárnia vão até a antiga casa do professor Kirke recuperar os anéis que haviam utilizado em O Sobrinho do Mago para tentar ir em socorro, mas não foi necessário utilizá-los pois um acidente de trem na estação onde todos estavam esperando acaba por levar Jill e Eustáquio até Nárnia.
Ambos ajudam o rei a combaterem os planos dos calormanos e do macaco, mas a confusão é instaurada após o macaco pregar a idéia que Aslam e Tash são a mesma coisa. Sem perceberem o que faziam, os calormanos e o macaco acabaram por invocar o verdadeiro Tash. Durante a luta, Jill, Eustáquio e Tirian são jogados dentro de um estábulo que na verdade era uma porta para a Verdadeira Nárnia, onde Pedro, Edmundo, Lúcia, Lady Polly e o Professor Kirke estavam. Então Aslam aparece e decreta o fim de Nárnia, tirando as estrelas do céu, mandando dragões comerem as árvores e por fim trazendo todos que realmente importavam da antiga Nárnia.
Na Verdadeira Nárnia encontram um calormano, que apesar de ter seguido por toda a sua vida Tash, é reconhecido por Aslam como merecedor de um lugar ali pois apesar de ter procedido bem em nome de Tash, só Aslam poderia aceitar o que ele tinha feito.
Todos então seguem para um lugar muito alto, onde podiam encontrar pessoas que já tinham morrido algum dia e era muito mais bonito que Nárnia ou até mesmo a Verdadeira Nárnia. Aslam então conta que na verdade todos tinham morrido no acidente de trem e que não precisariam mais voltar ao nosso mundo depois desta aventura, ficariam para sempre no País de Aslam. Acabam então as histórias de Nárnia.
Temas cristãos e polêmicas
A Última Batalha aparece para finalizar o conjunto de paralelos bíblicos presentes em toda a série. Do mesmo modo que O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa está relacionado ao Evangelho e O Sobrinho do Mago com a Criação, este livro está relacionado com o Apocalipse, mostrando a destruição de Nárnia e a revelação da Verdadeira Nárnia, onde todos passariam a eternidade.
Há inclusive um paralelo entre o Anticristo e o velho macaco e seu amigo burro. Na Bíblia o Anticristo é também chamado de falso profeta, papel que o velho macaco assume ao se dizer suposto porta-voz de Aslam usando o inocente amigo burro para isso.
Também são tratados outros temas, como o julgamento, a morte, a salvação e a eternidade. Todos os habitantes de Nárnia são julgados e apenas aqueles que são considerados justos ganham o direito de ir para a Verdadeira Nárnia através da porta aberta no ar por Aslam.
Lewis aborda questões delicadas sobre a salvação quando fala sobre Susana e o calormano Emeth. Susana não está presente na entrada para a Verdadeira Nárnia pois segundo o livro não era mais amiga de Nárnia por estar mais interessada em lingeries, maquiagens e compromissos sociais.
Alguns entendem isso como uma oposição de Lewis à expressão da sexualidade feminina, outros entendem que isso era conseqüência de que ela simplesmente esqueceu de Nárnia por preferir as coisas do mundo. De fato Lewis e seu amigo J. R. R. Tolkien eram grandes opositores do materialismo, o que sustenta com mais força a última hipótese. Há ainda quem defenda que Susana só não entrou na Verdadeira Nárnia por não ter morrido no acidente de trem e que a hora dela ainda está para chegar.
Há também comentários de que os acontecimentos com Susana seriam um posicionamento machista por parte do próprio Lewis, o que não é muito justificado. Nos outros livros das Crônicas há personagens femininas centrais como Jill, Polly e Aravis cujas descrições passam bem longe de idéias machistas.
O mais provável é que Lewis quis demonstrar o que os cristãos, fiéis a Cristo, iriam ganhar ao abandoná-lo por seu próprio prazer.
O livro também mostra que os calormanos são pessoas de pele escura, que usam turbantes e são adoradores de Tash, que é tido como alusão a Satanás, de forma semelhante que Aslam de Cristo. Isso leva muitas pessoas a criticarem uma postura discriminatória por parte de Lewis, porém, outra questão delicada relacionada ao calormano Emeth acaba contrariando esta idéia.
Emeth tem a sua entrada para a Verdadeira Nárnia garantida pessoalmente por Aslam apesar de que ele tenha confessado que seguiu e venerou Tash a vida toda. Assim Lewis traz a idéia da salvação universal, irrestrita, que é concedida diretamente por Deus e não segundo prerrogativas de homens. Concedendo um privilégio tão alto assim a um calormano, quebra-se parte da idéia de racismo.
No desfecho da última crônica é mostrado que as famílias podem ser eternas. Ilustrado pelos encontros das famílias dos reis e rainhas de Nárnia e também da família dos Pevensie.
PS: Nada escrito aqui é de minha autoria, tudo foi copiado da wikipedia, eu só adaptei a formatação para que fosse possível postar no blog.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
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